A Mulher Samaritana

Quando buscamos encontrar e receber de Deus, das pessoas e nas coisas precisamos de incentivos que são fundamentais. E todos admitem, tenho certeza, que para incentivar nossas buscas, precisamos de certezas que o que buscamos estão a nosso dispor. Incentivos como: tocar – sentir o cheiro – o sabor – ouvir – mas parece que o que enxergamos é mais forte talvez pelo fato de ser o primeiro sintoma. Mas... Será que conseguimos enxergar o que Deus está realizando e manifestando em nosso favor?
Vivemos em tempos de cegueira. Podemos afirmar que nunca um povo foi tão destituído de visão como agora. O homem sem Deus e afastado dEle quando não está totalmente cego, tem a visão míope ou vesga, torcida e vê aquilo que não devem ver.
O que está acontecendo? Infelizmente, muitos cristãos estão assim também. Hoje em dia temos que pedir a Deus uma visão que nos faça enxergar de verdade, visualizar aquilo que os olhos do Pai são capazes de alcançar. A bíblia, quando nos conta a passagem da mulher samaritana, mostra que ela teve uma visão. A mulher de Samaria viu; porém, não foi capaz de enxergar.
João 4:5-7 “Foi, pois, a uma cidade de Samaria, chamada Sicar, junto da herdade que Jacó tinha dado a seu filho José. E estava ali a fonte de Jacó. Jesus, cansado do caminho, assentou-se assim junto da fonte. Era isto quase a hora sexta. Veio uma mulher de Samaria tirar água. Disse-lhe Jesus: Dá-me de beber.”
O que conhecemos sobre a samaritana que tinha sede? Que buscava água, que havia vivido com cinco maridos, que não se comunicava com judeus por costume e... Que era cega. Cega? É, cega! Por mais lindos olhos que ela tivesse e ainda que não contasse com nenhuma miopia ou astigmatismo, ela não enxergava. Ou será que você reagiria como ela ao ficar frente ao Senhor Jesus? É certo que ela ainda não o conhecia. Mas, e você que o conhece, tem cruzado com Ele por aí?
João 4:9-10 “Disse-lhe, pois, a mulher samaritana: Como, sendo tu judeu, me pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana? (porque os judeus não se comunicavam com os samaritanos). Jesus respondeu: se tu conheceras o dom de Deus e quem é o que te diz: dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva”
Não conhecer as coisas ou discerni-las, nos torna cego ou sem entendimento, compreensão e discernimento. As igrejas contemporâneas têm sido levadas pela aparência. Temos olhado a etiqueta em vez do produto e isso representa um grande declínio espiritual.
Qual a primeira coisa que olhamos num produto? A sua etiqueta de preço! Ninguém quer pagar um preço alto por nada. A não ser que me seja garantido que o produto é bom!!! – basta alguém nos dizer que é bom e se estiver em liquidação ai fica melhor! Mesmo sem conhecer o produto eu compro!!!! ESTÃO FAZENDO ISSO COM AS COISAS NAS IGREJAS E DIZENDO QUE É D Deus !
A mulher samaritana viu Jesus como um homem qualquer, não o enxergou como Ele é (Senhor e Rei). Ela enxergou apenas um simples judeu que ousava romper com uma tradição de anos que proibia judeus de falarem com samaritanos. Entretanto, no dia-a-dia, a aparência é o que menos importa; um dia, todos estarão na solidão do túmulo e nenhuma etiqueta vai nos confortar, apenas o que adquirimos em Deus.
O mundo em que vivemos nos manipula a ver tudo pela aparência, a olhar sempre embalagens sem considerar o conteúdo. É por isso que tratamos as pessoas assim, o que nos leva a fazer julgamento precipitado e a espalhar uma idéia que difama. Deixamos de desvendar o interior de nossos irmãos, abrindo mão de um relacionamento verdadeiro em troca da superficialidade.
Jesus era um homem simples, estava sempre preocupado com o “eu” de cada um. Ele não foi um grande escritor, poeta, psicólogo ou cientista, nem precisou ser para ser o maior. Cada um de nós tem uma verdade heróica, mas esse mundo nos faz ver tudo por fora. A bíblia sempre nos convida a ver o interior de tudo, mas a disputa com a mídia faz com que olhemos apenas aparências e a imagem das coisas.
João 4:11-14 “Disse-lhe a mulher: Senhor, tu não tens com que a tirar, e o poço é fundo; onde, pois, tens a água viva? És tu maior do que nosso pai Jacó, que nos deu o poço, bebendo ele próprio dele, e os seus filhos, e o seu gado? Jesus respondeu, e disse-lhe: Qualquer que beber desta água tornará a ter sede, mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que jorre para a vida eterna.”
A mulher estava diante do poço de Jacó e de Jesus, o Senhor da vida. Por que ela não reconheceu o Messias? Teria a sede atrofiado os seus sentidos, ou a religiosidade travava sua visão? Esta mulher até que tem suas justificativas por não conhecer Jesus. Como muitos no grande dia do arrebatamento tentaram se justificar,... Há Senhor, mas eu não sabia que era você que estava me chamando,...
Aquela mulher, como muitos, vivia um ciclo de desgraça em sua cidade, casa e vida; sua rotina era automatizada pela ida ao poço de Jacó.
Devido a essa automatização, que podemos chamar de religiosidade, ela estava cega impedida de sentir e reconhecer que aquele simples homem, era o Senhor dos senhores, que poderia lhe dar a salvação.
Em muitas vezes somos tão religiosos, com doutrinas, costumes, tradições e regras ultrapassadas e infundadas, que passamos a vida indo ao “poço de Jacó” pegar água. Continuamos com sede sempre porque não conseguimos ver Jesus bem ao lado do poço, oferecendo-nos a água que sacia a sede eternamente. Enxergamos somente o que nos é aparente: o poço fundo que contém água apenas para um dia.
Por que o povo de Deus continua querendo água e com sede o tempo todo??? É assim que deixamos de ver o Senhor Jesus, quando a vida está apenas na aparência.
Não devemos olhar as coisas d Deus como crianças “Big-Mc Lanches Felizes”, cujo conteúdo importa menos do que a bonita caixinha animada. Jesus esta por aí e aqui e em você. Talvez estejamos tão cegos que estamos vendo apenas simples homens em um simples lugar. Não percamos a oportunidade de ver pequenos Cristos em nosso meio, e nos vermos assim também devido a nossa falta de visão espiritual. Disso pode depender nossa eternidade com o Pai.
Quantos estão perdendo oportunidades de receber de Jesus porque olham para a etiqueta, procuram o rotulo estão atrás da propaganda e o barulho dos homens.
A mulher era religiosa, julgava que o poço de Jacó era o que matava sua sede. E nós, onde está o nosso poço? Em que você tem colocado seu coração para saciar a sua sede? Olhe em volta do poço, procure ver se o Senhor da água da vida está ali. .
João 4:15-18 “Disse-lhe a mulher: Senhor, dá-me dessa água, para que não mais tenha sede e não venha aqui tirá-la. Disse-lhe Jesus: Vai, chama o teu marido, e vem cá. A mulher respondeu, e disse: Não tenho marido. Disse-lhe Jesus: Disseste bem: Não tenho marido. Porque tiveste cinco maridos, e o que agora tens não é teu marido; isto disseste com verdade.”
Jesus tocou na ferida. O religioso tem pecados escondidos e não confessados. As vezes declarados, mas não arrependido. A religiosidade uma máscara, um rotulo bonito colocado para camuflar o interior. Assim foi com a Samaria. Jesus conhecia os pecados mais íntimos e os denunciou para trazer cura e libertá-la desse jugo. A mulher foi desafiada a confessar consertar sua vida. Isso pode até ter doído em sua alma, mas foi o ponto de partida para acabar com sua “prisão e cegueira espiritual”.
(I João 1:9) “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça. Essa é uma promessa que saciará nossa sede, restabelecerá a visão e enxergaremos Jesus exatamente como Ele é.
A água da vida está sempre a nossa disposição, e ter sede todos os dias e ser saciado por toda vida só depende de nós mesmos. A bíblia, a oração a comunhão são fontes de água que podem saciar nossa sede e quebrar a barreira de nossos preconceitos. Estas coisas nos afastam da religiosidade e cegueira espiritual. Abramos nossos olhos para a Palavra de Deus, e coloquemos o colírio do Espírito Santo para curar a visão.
João 4:28-30 “Deixou, pois, a mulher o seu cântaro, e foi à cidade, e disse àqueles homens: Venham ver um homem que me disse tudo quanto tenho feito; porventura não é este o Cristo? Saíram, pois, da cidade e foram ter com ele.” Agora que ela podia ver abria os olhos de outros!
Relembre sua vida antes de ter Jesus, era cega, vazia e sedenta. Como você o conheceu? Como foi o milagre que arrancou você do império das trevas para o reino do amor de Deus? - Foi preciso que alguém anunciasse as palavras de salvação a você, não é mesmo? - Foi necessário que uma pessoa experimentada da água da vida pudesse oferecer-te de beber. É por isso que hoje você é filho de Deus, servo do Rei. É por isso que você nunca mais morrerá de sede... Mas, beber a água que Jesus da não é tão simples assim. Ele vai nos desafiar a consertar nossas vidas e viver em retidão antes que Ele venha buscar o que é seu.
João 4:35 “Não dizeis vós que ainda há quatro meses até que venha a ceifa? Eis que eu vos digo: Levantai os vossos olhos e vede as terras, que já estão brancas para a ceifa”
O que temos feito com tudo o que experimentamos da parte de Deus? Como utilizamos a palavra de vida eterna? Como testemunhamos de Jesus Cristo? Será que estamos guardando tudo em uma caixinha bem bonita e colocamos um rotulo escrito: para ser aberto no final. Em vez de viver e anunciar tudo o que sabemos a respeito de vida e salvação em favor de tantos que, como nós um dia estávamos cegos e cedentos precisando da água de Jesus?
A mulher de Samaria espalhou tudo o que ouvira naquele pequeno momento com o Senhor e, logo que conheceu as palavras de vida que Jesus falava, sem demora foi testemunhar aos moradores daquela cidade, os quais, lembrando, eram religiosos e dependentes do poço de Jacó.
“E muitos dos samaritanos daquela cidade creram nEle, pela palavra da mulher, que testificou: Disse-me tudo quanto tenho feito (...) E diziam à mulher: Já não é pelo teu dito que nós cremos, porque nós mesmos o temos visto e ouvido e sabemos que este é verdadeiramente O Cristo, O Salvador do mundo.” João 4:39;42.
O efeito de testificar de Cristo é salvação, redenção e libertação. A intenção de Deus, primeiramente, é que bebamos da água da vida e, em seguida, sejamos libertos dos pecados e dos traumas em nossas almas.
Assim, somos capazes de anunciar o que Jesus faz em nossas vidas e isso gera o mesmo em outros. Muitos acertarão suas vidas por causa de nosso testemunho, assim como ocorreu com a mulher de Samaria. Para isso, como cristãos, nesses dias devemos ter poucas palavras, muita oração e meditação na palavra de Deus, e uma vida de bom testemunho, pois isso fará com que vejam a Deus.
No final, a etiqueta irá para o lixo e o conteúdo agora tocado pelo Senhor será transformado e todos vão ver Jesus em nossas vidas. Não tenho mais o que esconder com rótulos apenas bonitos.
Com isso, você, sua casa, a Igreja e nossa cidade serão saudáveis, unidos em um mesmo propósito e felizes.